sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tão iguais e diferentes quanto eu e você


As pessoas vibram pela ascensão feminina no trabalho, lutam veemente pela causa negra, banalizam disputas por times de futebol e condenam guerras em nome de religião.

Mas o preconceito contra o homossexual continua forte e explícito.

Eu já estava pensando em fazer um debate com esse tema há algum tempo - aliás, essa postagem já estava armazenada nos rascunhos, mas resolvi mudar o seu foco.

A princípio abordava o preconceito geral contra o homossexual, mas não consegui tecer o tema da forma como eu gostaria, portanto agora pretendo de analisar o assunto em outro ponto: O casamento homossexual.

Art. 5º da Constituição Brasileira: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

Partindo desse princípio, parece-me que nem há tanto assim para se discutir, não é mesmo?

Mas, para aqueles que preferem não se dar por vencido, ainda posso expor uma série de argumentações.

A maioria das pessoas que tomam o partido contrário ao casamento gay se vale da ideia religiosa do pecado e impureza. Entretanto, sendo o Brasil um país laico, proibir o casamento em vista de crenças religiosas não é impedir uma união sagrada perante o Reino dos Céus, é retirar dos homossexuais uma série de direitos cabíveis a união matrimonial.

Tomo como exemplo o Art. 1570 do Código Civil Brasileiro, que diz: Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou acidente, o outro exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens.

Neste caso, que amparo tem um homossexual quando seu parceiro vem a falecer? A quem cabe os citados bens? Aos pais, que muitas vezes podem ter sido contra a união? São deixados a um parente distante? Ou são tomado pelo governo pela inexistência de um cônjuge ou parceiro legal?

E àqueles que desmerecem esse argumento com o mero citar do testamento, venho lembrar que esse fora apenas um exemplo. Existem vários outros que não se resolvem tão simplesmente assim, com um assinar de papel. Como o plano de saúde. Sim, você, seus pais, seus filhos e seu amado companheiro possui o acolhimento e benfeitorias disponíveis em seu plano de saúde. Agora, pergunte-se se esse direito está disponível ao 'cônjuge' homossexual.

Antes de erguermos uma bandeira contra este tipo de causa, precisamos nos lembrar que, independente do estilo de vida que leva uma pessoa, os direitos que tomamos para nós são cabíveis a todos que seguem a mesma legislação, que vivem sobre o solo da mesma pátria. E nossas leis não podem se submeter a mesquinhos preconceitos sociais ou de religião.

(Agradecimentos especiais ao meu querido aspirante à procurador, Dodo Brunelli, que me ajudou com os Artigos, Legislações, etc.)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Guerra ao... Como é mesmo?

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Aviso!
Eu permaneço discordando das premiações, porém, como está escrito na postagem, eu ainda não assisti ao 'Guerra ao Terror', portanto pretendo reescrevê-la - mais tarde - com argumentos mais concretos e convincentes.
Obrigada pela compreensão.
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Recomecei mal, não é?
Já atrasei a postagem em três dias! =/
Enfim, vamos ao assunto.

Ah, o Oscar! Milhares de pessoas acordadas até as três horas da madrugada apenas para descobrir quais pessoas teriam seus egos um pouco mais inflados...
Foi simplesmente magnífico ver a primeira mulher a ganhar um prêmio de melhor diretor! Isso foi o foco, foi fantástico, inovador.
Mas não estamos esquecendo de nada...?

Todos esperavam que Avatar tivesse um "boom" de prêmios, mas isso não aconteceu. O mais intrigante? O prêmio de melhor filme foi entregue ao quase-desconhecido Guerra ao Terror - que por sinal foi o filme dirigido pela nossa simpática premiada.

O primeiro pensamento talvez tenha sido: "Nossa, esse filme deve ser bom mesmo!".
Claro! Para ganhar do favorito deve mesmo ser um filme excelente, mas... Que tal irmos um pouquinho mais fundo?

Avatar, cheio de efeitos especiais, cor, ação e sucesso de bilheteria, não faz questão alguma de esconder seu roteiro extremamente interessante, cujos eternos e nobres heróis norte-americanos se mostram pouco nobres e, menos ainda, heróicos.
O filme é fortemente carregado de antíteses, comparado ao que costumamos a ver, os alienígenas não invadem a Terra e tentam destruir os seres humanos por puro prazer, pelo contrário! Eles têm seu planeta invadido e são massacrados por meros interesses econômicos!

Não seria assustador se um filme desses, que ataca de tal forma o majestoso ego norte-americano, ficasse conhecido por além da bilheteria monstruosa, possuir um número enorme de premiações? É, talvez eu esteja apenas delirando.

Agora vamos analizar o "oponente": Guerra ao Terror.
Devo admitir que não assisti ao filme e, aliás, antes da entrega do Oscar eu nem sequer sabia de sua sublime existência.
Mas garanto ter feito pesquisas o suficientes e não estou simplesmente berrando achismos.

Primeiramente o filme teve lançamento em 2008, em uma pequena estréia nos Estados Unidos, chegando ao Brasil ele já estava destinado diretamente para DVD, sem brilhar nas telonas.
O filme retoma a já saturada história de guerra, onde os norte-americanos não só destroem o terrível inimigo, geralmente maldoso e anti-ético, como ainda ajuda a população do país se reeguer e mostra que, apesar da selvageria da guerra, eles possuem um bom coração. Clichê.

Clichê, porém enobrecedor, não?
Enquanto Avatar deteriorava os norte-americanos, Guerra ao Terror surgiu do nada com uma história completamente contrária!
Como perder a oportunidade de tirar o brilho de Avatar e mudar o foco das discussões que ele criou? Como classificar como melhor filme um longa-muito longa-metragem que expunha todos os defeitos dos eternos heróis, enquanto havia um outro alí na gaveta com todas as bajulações necessárias?

Bem, talvez seja uma mera coincidência, como vi muitas pessoas brandarem em sites de discussão. Mas que é, no mínimo, uma maravilhosa coincidência, isso é!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A volta dos que não foram.

Dois meses e 13 dias depois da última postagem, aqui estou eu.

Não, eu não desisti do blog, mas confesso que dei uma desanimada nesse meio tempo.
Parte pelos vestibulares mal sucedidos, parte pela preguiça e monotonia das férias e parte pela pouca participação dos leitores. ;/

Quando criei o blog a minha ideia era ativar mais a minha mente para os assuntos exteriores, já que tenho grande dificuldade em passar muito tempo assistindo à TV... Gostaria de expressar minha opinião e ter retorno.

Adoro quando recebo comentários que contradizem a minha opinião, gosto de discutir, conversar, gosto de descobrir uma outra forma de enxergar as coisas, algumas vezes muito mais sensatas do que a forma como eu as via.

E, é claro, não há nada melhor do que receber comentários positivos, ver que existem pessoas que pensem da mesma forma! É um prazer único.

Então, agora, voltando a ativa, tenho algumas observações a fazer.
Para tentar manter uma ordem e para testar minha própria responsabilidade, as postagens serão feitas domingo sim, domingo não, dando assim até mesmo um espaço de tempo melhor para que elas sejam devidamente lidas.

E faço um único pedido, por favor, acompanhe - e comente! - o blog dessa pobre alma egoísta e cheia de ideias lunáticas, faça com que isso aconteça!

Obrigada e até dia 7!