quarta-feira, 10 de março de 2010

Guerra ao... Como é mesmo?

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Aviso!
Eu permaneço discordando das premiações, porém, como está escrito na postagem, eu ainda não assisti ao 'Guerra ao Terror', portanto pretendo reescrevê-la - mais tarde - com argumentos mais concretos e convincentes.
Obrigada pela compreensão.
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Recomecei mal, não é?
Já atrasei a postagem em três dias! =/
Enfim, vamos ao assunto.

Ah, o Oscar! Milhares de pessoas acordadas até as três horas da madrugada apenas para descobrir quais pessoas teriam seus egos um pouco mais inflados...
Foi simplesmente magnífico ver a primeira mulher a ganhar um prêmio de melhor diretor! Isso foi o foco, foi fantástico, inovador.
Mas não estamos esquecendo de nada...?

Todos esperavam que Avatar tivesse um "boom" de prêmios, mas isso não aconteceu. O mais intrigante? O prêmio de melhor filme foi entregue ao quase-desconhecido Guerra ao Terror - que por sinal foi o filme dirigido pela nossa simpática premiada.

O primeiro pensamento talvez tenha sido: "Nossa, esse filme deve ser bom mesmo!".
Claro! Para ganhar do favorito deve mesmo ser um filme excelente, mas... Que tal irmos um pouquinho mais fundo?

Avatar, cheio de efeitos especiais, cor, ação e sucesso de bilheteria, não faz questão alguma de esconder seu roteiro extremamente interessante, cujos eternos e nobres heróis norte-americanos se mostram pouco nobres e, menos ainda, heróicos.
O filme é fortemente carregado de antíteses, comparado ao que costumamos a ver, os alienígenas não invadem a Terra e tentam destruir os seres humanos por puro prazer, pelo contrário! Eles têm seu planeta invadido e são massacrados por meros interesses econômicos!

Não seria assustador se um filme desses, que ataca de tal forma o majestoso ego norte-americano, ficasse conhecido por além da bilheteria monstruosa, possuir um número enorme de premiações? É, talvez eu esteja apenas delirando.

Agora vamos analizar o "oponente": Guerra ao Terror.
Devo admitir que não assisti ao filme e, aliás, antes da entrega do Oscar eu nem sequer sabia de sua sublime existência.
Mas garanto ter feito pesquisas o suficientes e não estou simplesmente berrando achismos.

Primeiramente o filme teve lançamento em 2008, em uma pequena estréia nos Estados Unidos, chegando ao Brasil ele já estava destinado diretamente para DVD, sem brilhar nas telonas.
O filme retoma a já saturada história de guerra, onde os norte-americanos não só destroem o terrível inimigo, geralmente maldoso e anti-ético, como ainda ajuda a população do país se reeguer e mostra que, apesar da selvageria da guerra, eles possuem um bom coração. Clichê.

Clichê, porém enobrecedor, não?
Enquanto Avatar deteriorava os norte-americanos, Guerra ao Terror surgiu do nada com uma história completamente contrária!
Como perder a oportunidade de tirar o brilho de Avatar e mudar o foco das discussões que ele criou? Como classificar como melhor filme um longa-muito longa-metragem que expunha todos os defeitos dos eternos heróis, enquanto havia um outro alí na gaveta com todas as bajulações necessárias?

Bem, talvez seja uma mera coincidência, como vi muitas pessoas brandarem em sites de discussão. Mas que é, no mínimo, uma maravilhosa coincidência, isso é!