domingo, 13 de dezembro de 2009

Vegetal de Saia


Nas sábias palavras d’O Pensador, Gabriel: “A dignidade tá em baixa, você só rebola, só rebola, só rebola e se rebaixa”, e muito bem apontado na voz de Elias d’Os Seminovos: “Mulher não é melancia, mulher não é samambaia, mulher não é um vegetal de saia”, a Mulher-Objeto é, sem dúvidas, um ótimo tema a se retratar.

Estão por todas as partes e, sem dúvidas, são muito aclamadas.
Peitos durinhos e siliconados, coxas grossas e uma traseira turbinada. Podemos partir da Mulher-Melancia e passar pela Jaca, Morango, Melão e Samambaia. Uma coleção e tanto. Muito corpo e pouco conteúdo.

Ah, como é bom ver um rebolado sexy na TV!
Os homens aplaudem, a mulheres imitam. E a dignidade, onde foi parar?
O que restou de toda aquela luta pelo respeito?
As próprias mulheres se rebaixam a cenas como essas em troca de dez minutos de fama (ou cinco, quatro, meros segundos...).

Sabe, muitos os homens devem encher o peito para dizer “Peguei uma gostosa”, mas muitos outros tem o orgulho de apresentar sua esposa respeitável. Não, não uma super-dona-de-casa, nem uma super-mãe. Uma grande mulher.
Uma grande jornalista, professora, médica, engenheira, desenhista, historiadora, matemática, advogada, e segue-se a lista.

Um corpo sarado e definido sempre é uma boa pedida, mas uma mente saudável é, sem dúvidas, mais apreciável.

Lembre-se, é peito, bunda e conteúdo, que fazem um bom conjunto.


Eu indico, além de um ótimo som, uma ótima letra.

Vegetal de Saia – Os Seminovos.


Nádegas a Declarar – Gabriel, o Pensador.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Alfaces são amigas, não comida!

Ai, ai, vestibular... Me atrasou mais de uma semana com a postagem.
Antes de tudo, obrigada pelos comentários, adoro! Opinião sincera é o que há ;D
Enfim, vamos para o assunto dessa semana.

Eu, como todas as pessoas, dando voz ao meu lado fútil, estava vagando pelas comunidades do Orkut, quando me deparei com algo que definitivamente alimenta essa tal futilidade: barraco.
O tema? Vegetarianismo.

Devo admitir que eu me deleito com esse tipo de discussão, e tenho um ponto de vista bastante definido sobre o assunto. Mas o que eu quero não é discorrer sobre o que é mais correto, comer vaquinhas ou pratos de salada, e sim questionar os argumentos desses dois grupos.

A discussão se deu em uma comunidade cujo tema é maltrato aos animais e o tópico foi iniciado por um rapaz que perguntava sobre os animais sacrificados na alimentação e foi rapidamente questionado por outro que perguntava sobre àqueles sacrificados no processo da produção de vegetais.

Encontrei comentários inteligentes, mas a grande maioria era respondida por pessoas que não os lia, que usavam apenas sempre o mesmo grandioso argumento: "eu como carne/planta há 25.462 anos e sou feliz assim". Fora as críticas e ofensas infundadas, os ataques ao modo de vida de cada um.

Aos que defendem os animais e não abre mão de uma boa picanha, eu pergunto: Você sabe a origem dessa carne? Você sabe como ocorre o processo de sacrifício desses animais? Não podemos simplesmente fechar os olhos e fingir que todos os centros de abate são devidamente orientados, que o gado é bem tratado e que a morte é rápida. Apesar de existirem centros que seguem toda essa descrição, obviamente não é isso que ocorre em todos os lugares.

Aos vegetarianos que vêem sua opção como a única certa e divina: "Vacas são amigas e não comida" realmente não é um argumento, e vocês devem saber disso, certo? Você não pode negar a morte de animais no processo de produção de vegetais (como já foi citado). Você não tem o menor escrúpulo para dizer que parar de comer carne é a opção mais sadia, pois você não está colaborando para a chacina de centenas de animais.
Por acaso você já parou um segundo para observar que a sua casa está posicionada no antigo habitat de um animal? Que nem todas as suas roupas e sapatos são de tecido sintético? Que o seu luxuoso carro libera gás carbônico e que isso também afeta as vaquinhas? Pois é, amigo, sua opção não é tão certa e divina assim.

E, o mais importante, independente de seu filé ou de sua alface, as pessoas a sua volta não tem absolutamente nada a ver com isso, portanto, não tentem convencê-las. Quer falar sobre o assunto, quer discutir o tema? Certo! Mas sem ladainhas de "somos mais evoluídos".

Apenas uma última observação sobre uma das várias coisas que li, ao pesquisar esse tema...
Eu não comeria meu cachorro, assim como um indiano não comeria sua vaca, mas isso não quer dizer que não são comíveis, sabe?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Suicídio Indiscreto


Um dia desses, eis que eu estava alegremente sentada em minha carteirinha universitária nada incomoda, aguardando meu querido vizinho de acento, quando ele não chegou.
E passou-se uma longa e muitíssimo interessante aula de 50 minutos, para só então ele mostrar sua ilustre presença.
Quando perguntei o motivo de seu atraso ele me respondeu: "Alguém se suicidou na Barra Funda, estava tudo parado".

E aqui começa minha discussão.
90% da população, em algum momento de sua doce e confortável vida, já pensou que seria muito mais prático jogar tudo pelos ares, mandar tudo para [insira um palavrão de sua preferência] e destruir a própria existência. Fato.

E quem somos nós para julgar?
Quem somos nós para dizer quais motivos são bons ou não para alguém se matar?
(Quem somos nós para criticar a dor alheia?)

Mas eu preciso fazer esse comentário.
Custa cortar os pulsos trancado dentro do próprio banheiro ao invés de atrapalhar a vida de um milhão de pessoas?

Claro, quem não quer morrer com muito glamour e purpurina?
Toda a rede televisiva falando semanas a fio sobre a sua morte espetacular.
Mas, pra que isso?

Outro fato que me indignou foi o de um homem, um pai, que entrou na casa da ex-mulher, jogou o filho do telhado e depois pulou.
Se você quer morrer, qual a necessidade de destruir a vida de outras pessoas no processo?

Enfim, talvez tenha parecido meio exagerado e fortemente emotivo, mas não consegui trabalhar esse assunto de uma forma mais sutil...
Obrigada por acompanharem!

domingo, 15 de novembro de 2009

Paquistão x Afeganistão

Mais de dez pessoas morreram ontem no Paquistão, e a notícia ganha um pequeno espaço no cantinho inferior esquerdo do site da Uol - Porque uma receita de bolo de pêra é realmente muito mais interessante.

Nascidos de guerras, invasões e conflitos, os dois países estão em constante choque. Em um mês e 27 dias (17/08/09 - 14/11/09) foram contabilizadas 230 notícias - e milhares de mortos - sobre os conflitos entre Afeganistão e Paquistão no site da Folha.

Talvez a notícia não tivesse importância de âmbito mundial - Afinal, quem se importa se morrem dez hoje, vinte amanhã, cem depois...?

Não é simplesmente uma questão de localização da reportagem. Nós, brasileiros, somos muito desinteressados com o que acontece a nossa volta. As pessoas estão morrendo e nós queremos saber quem vai vencer o Brasileirão.
Quais são as prioridades, afinal?

Com a globalização os pequenos detalhes causam mudanças mundiais, não podemos nos dar ao luxo de ignorar o que acontece. Precisamos nos manter informados.

Ontem, um carro bomba explode no Paquistão, hoje os Estados Unidos podem fazer outra interferência e em algumas semanas podemos estar, novamente, na iminência de uma Terceira Grande Guerra.

E, enquanto tudo isso acontece lá fora, nós desfrutamos um delicioso bolo de pêra.




Veja a reportagem

Saiba mais sobre o Paquistão

Saiba mais sobre o Afeganistão

E, aos interessados, o tal bolo de pêra

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ah, a primeira postagem!

Ah, a primeira postagem!
Essa é a parte em que eu devo causar uma boa impressão, não é mesmo?
(Alguém me ensina a fazer isso?).

Bem, aqui eu gostaria de explicar resumidamente a ideia geral do blog.
Eu pretendo postar noticias do cotidiano (especialmente aquelas importantes deixadas de lado pela mídia) expondo os pontos de vista positivos e negativos sobre o assunto.

Mas eu gostaria muito de que houvesse a participação dos leitores, por via dos comentários, dizendo sua própria opinião, expondo suas ideias, sugerindo temas a serem debatidos.

Será que a ideia da certo?
(Posso levar em consideração que assim no início eu praticamente não terei quem acompanhe o blog? Haha.).

Mas problemas a parte, que os jogos comecem!

(Sempre quis dizer isso.).