Um dia desses, eis que eu estava alegremente sentada em minha carteirinha universitária nada incomoda, aguardando meu querido vizinho de acento, quando ele não chegou.
E passou-se uma longa e muitíssimo interessante aula de 50 minutos, para só então ele mostrar sua ilustre presença.
Quando perguntei o motivo de seu atraso ele me respondeu: "Alguém se suicidou na Barra Funda, estava tudo parado".
E aqui começa minha discussão.
90% da população, em algum momento de sua doce e confortável vida, já pensou que seria muito mais prático jogar tudo pelos ares, mandar tudo para [insira um palavrão de sua preferência] e destruir a própria existência. Fato.
E quem somos nós para julgar?
Quem somos nós para dizer quais motivos são bons ou não para alguém se matar?
(Quem somos nós para criticar a dor alheia?)
Mas eu preciso fazer esse comentário.
Custa cortar os pulsos trancado dentro do próprio banheiro ao invés de atrapalhar a vida de um milhão de pessoas?
Claro, quem não quer morrer com muito glamour e purpurina?
Toda a rede televisiva falando semanas a fio sobre a sua morte espetacular.
Mas, pra que isso?
Outro fato que me indignou foi o de um homem, um pai, que entrou na casa da ex-mulher, jogou o filho do telhado e depois pulou.
Se você quer morrer, qual a necessidade de destruir a vida de outras pessoas no processo?
Enfim, talvez tenha parecido meio exagerado e fortemente emotivo, mas não consegui trabalhar esse assunto de uma forma mais sutil...
Obrigada por acompanharem!